segunda-feira, 6 de julho de 2015

Crise com a mãe

Eu fazendo pão, Laura sentada do meu lado, calada. Eu tentando puxar conversa começo a falar sobre a massa do pão.
Ela: vc tá falando cmg?
- eu tô, vc não gosta de falar cmg?
Ela: paece (parece) que não
- nossa, filha. Porque?
Ela: (fazendo mil caretas)... que estanho fala cum vc. Não sei é esquisito.

Carro parado

Já faz um tempo que sempre que saímos de carro Laura pede para "diligir" um pouco.
Sempre com o carro parado, deixamos ela se fazer a motorista. Eis que ontem, ao voltar do parque ela pergunta:
- chenti, puquê só posso diligir palada?


(agosto 2014)

Primeiro dia dos pais

Perguntei pra Laura se ela estava fazendo algum presente pro pai, na escola.
- Sim, no ateliê a chenti feiz.
- Fez o que?
- Supesa, mãe.
- Ah, mas me conte, não falo pro papai.
- Mas quando o papai vê eu vou abi a sacola e vo motá (mostrar) pa paticia, po gutavo e pa laula..... Shiu é nosso seguedo (segredo), depois eu vo fazê supesa po papai.


(agosto 2014)

Aham

Laura aprendeu a expressão "aham". Agora a cada 5 coisas que ela fala, 10 são aham.
- eu vou na escolinha.... aham, aham, aham, aham
E balançando a cabeça, sem parar.

(agosto 2014)

Sinceridade

"Mãe, hoje bati em duas quianças"

(agosto 2014)

Em tempos de crise

Laura almoçando:
"Mãe, vou comer só arroizin pq feijão tá caro"

(setembro 2014)

Por poucas letras

Eu: Gustavo, pega o vinagre por favor?
Laura: onde vc vai por milagre?

Falar certo

Laura e minha avó.
Eu: Laura, fala aeroporto pra bisa.
Laura: A-é-lo-po-to
Bisa: não fia é assim: Oroporto, repete a bisa: Oroporto.
Laura: O-lo-po-to. Eu falo do meu jeito.

Pegadinha

Laura some por uns minutos. Pergunto:
- O que você está fazendo, Laura?
- xixi nas carça.

Sobre sonhos

Laura estava dormindo, do nada ouço:
- "chenti, chenti..... mãe,mamanhê!"
Estou indo em direção ao quarto, ela já desceu da cama, a encotro na porta.
-"tinha um Pedo (pedro) na minha casa.
- É, amor, que legal.
Olhando pros lados, como quem procura
-"Cadê ele?"

Aventura materna

Escrito em Setembro/2014

Ontem minha menininha completou 2 anos e 6 meses e eu fico aqui pensando quando foi que o tempo passou rápido assim.

A maternidade é uma aventura, é um "ensaio sobre a cegueira", entramos sem saber o que esperar ou esperando demais e quando estamos dispersos, falhamos, cedemos e deixamos (quase) todas as teorias caírem por terra.

É um eterno brigar e ficar bem, com o filho e consigo. É a eterna tentativa de acertar sempre, mas uma coisa é certa, o amor, ah... esse ninguém duvida de que é o maior do mundo. Mas só quem vive as aventuras maternas é capaz de entender exatamente o que eu digo. 

Filha, você me mostra todos os dias como amar o amor.

Foto: Thais Mazzoco